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Reskilling e Upskilling: Estratégias Essenciais para a Gestão de Carreira num Mundo em Transformação 

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Reskilling e Upskilling: Estratégias Essenciais para a Gestão de Carreira num Mundo em Transformação 

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Data: 10/06/2025

A transformação tecnológica acelerada, as exigências de sustentabilidade, os efeitos das alterações climáticas e a volatilidade económica estão a redesenhar o mercado de trabalho global. Neste contexto, a gestão de carreira deixou de ser uma questão linear para se tornar um exercício contínuo de adaptação e evolução. Foi precisamente esta dinâmica que levou o Fórum Económico Mundial (FEM) a destacar, na sua edição de 2025, que até 2030 cerca de 39% das competências actualmente valorizadas serão obsoletas ou profundamente transformadas, consequência directa da automatização, da inteligência artificial (IA) e da transição para modelos de negócio mais sustentáveis. 

A resposta a este cenário? Dois conceitos que se têm vindo a tornar centrais nas estratégias de desenvolvimento profissional e organizacional: reskilling e upskilling

O reskilling corresponde à requalificação — ou seja, à aquisição de um novo conjunto de competências que permita a um profissional mudar de função ou até de sector. É essencial para trabalhadores cujos empregos estão a desaparecer ou a ser transformados radicalmente. Já o upskilling refere-se ao aperfeiçoamento de competências já existentes, permitindo que o profissional se torne mais eficaz na sua função actual ou esteja preparado para assumir novas responsabilidades dentro da mesma área. 

Ambas as abordagens são indispensáveis para garantir a relevância profissional num mundo em que as exigências do mercado mudam a uma velocidade vertiginosa. O Fórum Económico Mundial estima que 85% dos empregadores planeiam investir em programas de upskilling nos próximos anos. Para além disso, a rápida adopção da inteligência artificial também está a provocar uma redefinição profunda dos perfis profissionais: 86% das empresas antecipam integrar IA nos seus processos até 2028 e 80% dos trabalhadores planeiam utilizar ferramentas de IA generativa até 2030. 

Em economias em desenvolvimento, como a Angolana, onde a juventude representa uma grande parte da força de trabalho e os sectores económicos tradicionais enfrentam desafios de modernização, o reskilling e o upskilling representam uma oportunidade real de transformação social e económica. De acordo com um estudo conjunto da PwC e do Fórum Económico Mundial, investimentos estruturados em programas de upskilling poderão representar um aumento potencial de 6,5 biliões de dólares no PIB global e a criação de 5,3 milhões de novos postos de trabalho líquidos até 2030. 

Para os profissionais Angolanos, o momento é propício. A transição energética, a digitalização dos negócios, a crescente procura por práticas de gestão alinhadas aos princípios ESG (Ambiental, Social e de Governação), entre outros factores, criam espaço para novas profissões e para uma nova forma de gerir carreiras. Sectores como a energia renovável, as tecnologias de informação, o agronegócio sustentável, a educação executiva e a gestão de projectos com impacto social surgem como áreas promissoras, capazes de alavancar tanto o desenvolvimento individual como o do país. 

A nível pessoal, apostar no desenvolvimento contínuo das competências traz múltiplas vantagens estratégicas: 

  • Melhor adaptação às mudanças: profissionais mais preparados conseguem responder mais rapidamente a novas exigências do mercado. 
  • Maior empregabilidade: competências actualizadas aumentam a competitividade no acesso a novas oportunidades. 
  • Crescimento na carreira: o conhecimento contínuo abre portas a funções de maior responsabilidade e visibilidade. 
  • Impacto económico positivo: profissionais qualificados aumentam a produtividade, fomentam a inovação e contribuem para o crescimento sustentável das organizações. 

Num mundo em constante mudança, onde as funções evoluem, os sectores se reinventam e as tecnologias transformam a forma como trabalhamos, o reskilling e o upskilling não são apenas instrumentos de desenvolvimento — são pilares essenciais da sustentabilidade profissional. 

Investir no desenvolvimento das competências é, hoje, mais do que uma opção inteligente: é uma necessidade estratégica, tanto para os profissionais que desejam crescer, como para as organizações que querem manter-se competitivas. É, sobretudo, um investimento no futuro. 

Artigo da autoria de Maria Beny –Subdirectora da Direcção de Formação Profissional e Executivos na Academia BAI. 

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